ESCOLA CORONEL FRANCO E SUA HISTÓRIA
Foi no alvorecer do século XX, numa tarde calmosa de Janeiro de 1902, que um punhado de cidadãos da cidade de Pirassununga, pensou em transformar a escola do povo em grupo escolar.
O espaço era pequeno e a ideia evoluiu para a compra de um terreno maior. Isso aconteceu em Março de 1903. Foi adquirida a residência paroquial, com uma área ampla, mais ou menos plana.
Demoliu-se a casa e construiu-se, no lugar, o prédio do grupo escolar, que ficou pronto, em Novembro de 1904. Nessa mesma época, formalizou-se a entrega do prédio ao Estado, como havia sido prometido. Quem o recebeu, em nome do governo, foi o secretario do interior, de então.
No fim deste mesmo ano, o governo nomeou seu primeiro diretor – o professor Francisco Conceição – Chico Mestre, como era chamado – e os primeiros professores: Armênio Conceição, filho do diretor, Hipólito Cruz, Maria de Mello e Evangelina Gentil.
As escolas isoladas, regidas por professores leigos, foram anexadas ao grupo escolar, que começou a funcionar regularmente, sob regência de professores formados.
Mas, o estabelecimento carecia de patrono. Entre o povo da cidade, corria, de boca em boca com insistência, a indicação do nome do tenente coronel Manoel Franco da Silveira, por assinalados serviços prestados ao município.
Em virtude dessa manifestação espontânea do povo, as autoridades locais pediram ao governo, que desse ao estabelecimento o nome do tenente coronel. O governo atendeu o pedido e o grupo escolar passou a chamar-se – grupo escolar tenente Coronel Manoel Franco da Silveira, sintetizado depois para Grupo Escolar Coronel Franco. Sua inauguração, contudo, só foi feita dois anos depois, em 1906.
Patrono
O tenente Coronel Manoel Franco da Silveira nasceu a dois de Maio de 1862 e faleceu a dois de Maio de 1912. Está sepultado no cemitério local. Era fazendeiro sediado neste município, na fazenda da Paz, de onde foram tirá-lo para o conduzir à política do município.
Exerceu diversas funções públicas – Juiz de Paz 1892 - 1901 a 1908, quando foi eleito prefeito municipal. Exerceu o cargo até sua morte, em 1912.
Era homem de destacada projeção política, no município e em São Paulo. Quando o governo de Albuquerque Lins verificou que São Paulo, para crescer, carecia de escolas, criou dez escolas normais chamadas “os dez pilares da educação paulista”. Esse fato ecoou por todos os cantos do Estado e os políticos dos municípios, de cada região, se movimentaram, para a luta de conquista e uma dessas escolas para a sua cidade. O tenente coronel Manoel Franco da Silveira, movimentou o senador Lacerda Franco, o deputado Mário Tavares, o dr. Oscar Tompsom,Diretor Geral do ensino e introdutor do método analítico no ensino paulista,que com ele agiram e conseguiram trazer a escola desejada para Pirassununga, em 11 de junho 1911.
Chamou-se, primeiro, Escola Normal de Pirassununga, hoje, Escola 1.° e 2.° Graus de Pirassununga que, com a Escola de 1° Grau, Coronel Franco,trabalha, para produzir valores que possam conduzir o Estado e o Brasil aos seus destinos de independência econômica, de capacidade cultural e de desenvoltura política a fim de viver em harmonia, concórdia e segurança para fortalecer a paz.
O tenente Coronel Manoel Franco da Silveira era homem de lutas.A política, nesse tempo, era violenta em Pirassununga, mas ele, com prudência, depois de tomar conta do diretório político e da Prefeitura Municipal , soube acalma-la e apaziguá-la, o que lhe valeu a amizade, a confiança e o carinho popular. Deu tudo de si em beneficio de sua terra, que muito amou e estremeceu.
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